[Diário de Leitura]: Batman: Morte em Família e a tensão EUA X Irã nos anos 80

Em 1988, a DC Comics sabendo da falta de popularidade de alguns de seus personagens, entre eles Jason Tood, o segundo Robin, com isso a DC fez uma votação via telefone, para que o leitor decidisse se Jason devia morrer ou não, e como você deve saber foi decidido pelo publico sua morte. Anos mais tarde as próprias pessoas da DC afirmaram que realmente existe uma teoria, onde um garoto de 11 anos teria programado seu computador para fazer seu telefone ligar a cada 90 segundos no numero a favor da morto do garoto prodígio. Fato é que o jogo de marketing foi um sucesso e a história dói publicada em Novembro de 1989, pela Abril Jovem, no Brasil.

A história, escrita por Jim Starlin, se passa alguém tempo depois de Batman Messias, e o homem morcego começa a ver que Jason Todd anda muito rebelde e imprudente e pondo em risco sua vida durante as missões, assim ele decide em suspender Jason do cargo de Robin, enquanto o jovem sai revoltado em busca das memórias de seu passado, enquanto Batman se foca em investigar o Coringa que fugiu de Arkham. Alias o Coringa é apresentado no melhor estilo sanguinário e lunático, no estilo Jack Nickson do filme que sairia anos depois, sem dinheiro ele resolve vender seu míssil nuclear para terroristas no Líbano.

Entretanto, Jason descobre sem querer que sua verdadeira mãe está viva e deve estar em Beirute. A trama faz de tudo mostrando como Batman e Coringa estão ligados, as vezes de maneira até platônica. A trama também mostra como se envolver de mais com o caso faz você cometer erros simples, por isso Batman sem saber teria que carregar mais uma importante morte nas costas. Jason se deixa levar pela emoção e a falta de obediência as ordens de Batman faz com que ele morra, ganhando um bônus de ser espancado com um pé de cabra pelo Coringa, algo que se tornaria uma cena recorrente da série.

Só depois da morte de Robin que a trama tem seu ápice, Batman mesmo com toda sua sede por justiça, nada pode fazer já que Coringa se torna ministro do Irã na Onu e o próprio Super Homem é chamado para não deixar que o Batman de começo a uma guerra entre os países. Alias ai temos uma ótima referencia a realidade, já que Irã x Estados Unidos foi algo recorrente nos anos 80, com o apoio americano ao Iraque na guerra contra o Irã, que durou oito anos, terminando no ano de lançamento da Hq e com um saldo de mais de um milhão de mortos, ainda que nas sombras aparece uma visível referencia a Khomeini, chefe de estado do Irã e inimigo político americano na época, responsável por contratar o Coringa na história. Naquele ano ainda um terremoto na potencia de  6,9 atingiu o Irã.

Até hoje Jason Todd não é visto como um dos melhores Robins ou mesmo conta com carisma, mas sua morte foi marcante e deu para o homem morcego um trauma gigantesco que ele carregaria em diversas outras ótimas histórias que viriam pela frente, uma culpa que até hoje Bruce carrega.

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